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Capítulo 6 — Caminhos e Encontros

Seja bem-vindo(a) ao mundo de Avalon.

Aqui, memórias esquecidas têm voz, monstros carregam sentimentos, e até a magia tem segredos que preferia esconder.

Esta não é só uma história de Fantasia, reinos e heróis improváveis — é uma jornada sobre quem somos quando o mundo nos vira do avesso.

Se você chegou até aqui… prepare-se.

Respire fundo.

Deixe o mundo lá fora por um instante.

A porta se abriu.

A aventura vai começar.


A trilha entre as árvores parecia se estreitar a cada passo. A floresta sussurrava ao redor de Grumak e Malias, sombras ondulando sob a luz fraca que atravessava as copas densas. O ar era úmido e carregado. Algo — ou alguém — os observava.

Grumak seguia alerta. Malias caminhava em silêncio, olhos atentos. De súbito, ela parou.

— Espere. — Suas orelhas se ergueram. — Estamos sendo seguidos.

— Quantos? — Grumak perguntou, já se preparando.

— Não sei..., mas estão perto.

Grumak apontou com o queixo para uma clareira adiante.

— Se forem espertos, não nos seguirão até lá, e teremos a vantagem.

Entraram na clareira e se separaram, posicionando-se em lados opostos. O silêncio caiu como uma sentença.

Então vieram os passos — pesados, lentos, com o farfalhar discreto de couro e aço. Das sombras, cinco figuras reptilianas emergiram, olhos brilhando com selvageria e presas expostas.

— Olha só o que temos aqui... — o que parecia ser o líder, fixando o olhar em Malias. — Lupina...Bem rara, vai render um bom preço.

Ela respondeu apenas com um olhar frio.

— Caçadores de escravos — rosnou.

— Scouts — corrigiu um dos lagartos, rindo. — Seguimos vocês desde Farir.

Grumak avançou um passo, a energia flamejante acendendo nas luvas.

— Escolheram o alvo errado. Esse foi o erro de vocês.

Duas flechas cortaram o ar como relâmpagos traiçoeiros.

Malias invocou o arco com um estalo de luz — uma forma etérea, reluzente, que se moldou às suas mãos no último segundo. Rebateu a primeira flecha com precisão instintiva, desviou da segunda por um fio de cabelo, e contra-atacou num único movimento fluido. A flecha de energia rasgou o ar e cravou direto no peito de um dos arqueiros, que caiu sem sequer gemer.

Grumak girou para enfrentar o espadachim que vinha em sua direção. Desviou com a leveza de um predador experiente e respondeu com um soco flamejante no peito do inimigo. O impacto o lançou longe, o corpo se contorcendo no ar antes de colidir com o solo.

Outro arqueiro tentou fugir pela retaguarda, mas Malias o interceptou com um disparo seco que atravessou sua garganta. O corpo tombou.

Mas seu arco começou a se desfazer — lascas de luz quebrando como vidro etéreo.

Malias caiu de joelhos, arfando.

Ainda não tinha recuperado a energia desde o resgate de Grumak. O uso do fragmento para invocar o arco drenava sua força vital rapidamente, e ela havia forçado o limite.

— Malias! — rosnou Grumak, já se preparando para agir.

Um dos lagartos restantes — armado com espada e escudo — viu a brecha e avançou, pronto para o golpe final.

Num estalo seco, Grumak desapareceu.

O ar explodiu ao redor de Malias quando ele surgiu ao seu lado, teletransportado, os olhos ardendo em fúria.

Com um rugido gutural, Grumak desferiu um soco que quebrou o escudo como madeira podre. O impacto lançou o inimigo contra uma árvore com força brutal. O tronco rachou ao meio.

Os demais tentaram resistir. Um a um, tombaram diante da fúria ardente de Grumak e da precisão exausta de Malias.

Restou apenas o líder — escamas queimadas, olhos arregalados, a espada tremendo em mãos suadas. Largou-a e ergueu os braços, trêmulo.

— P-por favor… eu... só obedecia a ordens!

Grumak se aproximou, lento, a sombra das chamas dançando em seus olhos.

— Quem. Te. Mandou?

O lagarto hesitou. Ia falar. A verdade estava na garganta.

Mas então, a floresta gemeu.

Uma esfera negra surgiu das sombras como um sussurro da morte.

Grumak sentiu a mudança no ar — densa, ameaçadora, definitiva.

— Malias! Segure-se!

Ele agarrou o braço dela e ativou o teletransporte no mesmo instante em que a esfera atingiu o lagarto.

O corpo do inimigo se desfez em cinzas antes de emitir um último grito de agonia.

Grumak e Malias reapareceram metros pra tras, no topo de uma elevação encoberta pela mata. A respiração dos dois era pesada. O lugar onde estiveram segundos antes… agora era apenas silêncio e pó.

— Aquilo… — Malias ofegou, os olhos arregalados. — O que foi aquilo?

— Magia de destruição absoluta — respondeu Grumak, olhando fixo para o vazio onde o lagarto existira. — Não deixou nem cheiro. Nem rastros.

Ele fechou os punhos.

— Alguém nos observava. E não queria testemunhas.

Malias se pôs de pé com esforço, ainda sentindo o vazio deixado pelo arco.

— Estamos sendo vigiados, Grumak. Isso… não foi um aviso. Foi uma sentença.

Ele assentiu, os olhos fixos na floresta adormecida.

— Então que venham. Da próxima vez, eu vou atrás deles.

Em outro ponto da floresta, Shiro e Helster corriam pela trilha estreita. Atrás deles, a criatura sombria urrava, contida apenas pelo sacrifício de Pirlo.

— Aquele bicho... não é normal — disse Helster, ofegante.

— Ele era... escuridão viva. — Shiro olhou por sobre o ombro. — Será que Pirlo conseguiu detê-lo?

— Se é tudo que dizem... talvez.

Mas o chão tremeu.

Leve, constante. O suficiente para gelar a espinha.

— Isso não é bom — murmurou Shiro.

— Ele está vindo — confirmou Helster.

Sem escolha, seguiram até uma clareira banhada pela luz pálida da lua. A criatura chegou logo depois.

A criatura surgiu das sombras como um pesadelo moldado em trevas. Era gigantesca, feita de puro vazio. Onde ela passava, a luz era devorada, e os galhos das árvores se contorciam como se fugissem de sua presença. O chão tremia sob suas patas colossais, cada passo deixando um rastro de raízes partidas e terra rasgada.

— Isso não é normal... — murmurou Helster, empunhando o machado com as mãos trêmulas.

— Não tem pra onde fugir — disse Shiro, erguendo a espada. — A gente termina isso aqui.

— Vamos encarar como heróis, então — respondeu Helster, tentando sorrir, apesar do suor escorrendo pelo rosto.

A criatura rosnou, um som gutural que parecia surgir do centro da própria floresta. E então atacou.

Shiro puxou Helster no último segundo. Uma pata gigantesca esmagou o solo onde haviam estado, levantando uma nuvem de terra e fragmentos de pedra.

— Pela esquerda! — gritou Helster. — Eu pego a direita!

Os dois se separaram. Helster foi o primeiro a atacar, girando o machado com força, mas a lâmina atravessou a criatura como se cortasse fumaça. Nada. Nenhum impacto real. Apenas trevas recompondo-se em segundos.

— É como bater em neblina sólida! — ele gritou.

Shiro avançou com a espada e tentou cravar um golpe no flanco da criatura. A lâmina entrou... e sumiu na escuridão, sendo repelida com um estalo elétrico que quase o derrubou.

— Continua! Pressão constante! — Shiro rugiu, mais pra si mesmo do que pro amigo.

— Se eu morrer, escreve algo épico no meu túmulo!

— Cala a boca, Helster!

Mas não houve tempo para mais. A sombra se ergueu como uma onda viva e desceu com fúria. A pata esmagou Helster contra uma árvore, e o som do impacto fez a floresta inteira silenciar.

— HELSTER!! — Shiro correu até ele, o mundo girando ao redor.

Helster ainda respirava, mas mal. Sangue escorria do braço, da boca, dos olhos semicerrados.

— Foge... Shiro... foge...

E então tudo parou.

Shiro congelou, o tempo dilatando em sua mente.

Um pátio escolar. Três valentões cercando Helster. Ele mesmo, mais novo, hesitando por um segundo — e então correndo, empurrando, gritando, apanhando. O sangue misturado ao orgulho.

"Nunca mais vou deixar te machucarem."

Algo se partiu dentro de Shiro.

A espada caiu de sua mão e cravou no chão com um som surdo.

Seus olhos se contraíram.

As pupilas dilataram, tornando-se fendidas.

Veias pulsaram sob a pele. Sua respiração se tornou irregular, animalesca. Garras brotaram em seus dedos. Seus músculos aumentaram, rasgando parte da roupa. Seus ossos estalaram ao se expandirem. O ar ao redor se curvou com a energia que emergia de seu corpo.

A aura que o envolvia era escura, densa, mas viva — como uma floresta em fúria.

Ele cresceu. Um metro. ou mais.

O garoto se tornava uma besta humanoide, felina e furiosa, com olhos em brasa e fúria viva pulsando no peito.

— NÃO. TOQUE. NO MEU AMIGO!!

O rugido que saiu de sua garganta não era mais normal. Era selvagem, antigo, visceral.

Shiro explodiu em velocidade. Suas garras cortavam a sombra como se rasgassem véus de escuridão sólida. A criatura recuou, urrou, tentou se recompor — mas Shiro não deixava.

Cada golpe deixava feridas de luz ardente no corpo do monstro.

Ele era um vendaval de pura fúria.

Helster, caído, observava entre piscadas, ofegante, sem saber se o que via era real ou algum tipo de alucinação antes da morte.

A criatura rugiu uma última vez, mas já era tarde.

Shiro avançou num salto e cravou ambas as garras no coração da sombra. A escuridão se despedaçou como vidro negro, explodindo em fragmentos que se dissiparam com o vento.

O silêncio caiu como uma cortina pesada.

A transformação se desfez devagar. O brilho nos olhos de Shiro apagou. As garras se retraíram. O corpo diminuiu, curvando-se até cair de joelhos. A respiração era irregular, as mãos trêmulas.

Ele cambaleou até Helster.

— Hel... aguenta... — murmurou, ofegante.

Helster tentou sorrir.

— Você... virou um monstro... Foi insano.

Antes que Shiro respondesse, Pirlo surgiu da mata com um frasco de líquido verde nas mãos.

— Rápido. Faça-o beber.

Shiro segurou Helster com cuidado e levou o frasco aos lábios do amigo. Helster engoliu com dificuldade, mas aos poucos, a respiração dele estabilizou. A cor voltou ao rosto.

Pirlo os observava com a expressão fechada.

— Vocês são malucos..., mas incrivelmente perigosos.

Shiro se sentou no chão, as mãos ainda tremendo.

Olhou para elas. Ainda havia resquícios da transformação: as unhas mais longas, os olhos levemente alaranjados, a pulsação descompassada da energia dentro dele.

— O que... foi isso...? — sussurrou.

— Algo que está dentro de você. Ainda despertando — respondeu Pirlo, sério. — Mas está vindo à tona... e não está pedindo permissão.

Shiro tentou falar, mas o mundo girou. A exaustão caiu sobre ele como uma pedra.

A última coisa que viu foi uma figura grande se aproximando, envolta por um manto de autoridade tranquila.

— Pirlo. Vejo que cuidou bem das coisas.

— Ainda bem que veio, Alvim.

E então, tudo escureceu.

Grumak e Malias seguiam pela estrada, o peso do recente confronto ainda ancorado nos ombros. A floresta, com sua névoa e seus segredos, ficava para trás... mas a tensão caminhava junto com eles.

Ao dobrar uma curva, uma luz suave apareceu no horizonte. A névoa se dissipava pouco a pouco, revelando uma vila cercada por muralhas baixas de pedra musgosa. Pequenas casas de madeira com telhados verdes pelo tempo se alinhavam como se cochichassem entre si. De suas chaminés, colunas finas de fumaça dançavam no céu azul-acinzentado, e o aroma de ervas e pão fresco pairava no ar, acolhedor.

Mas mesmo ali, onde tudo parecia calmo, Grumak mantinha a guarda erguida.

No portão principal, dois soldados com traços leporinos — focinhos curtos, orelhas longas e olhos atentos — se endireitaram assim que os viram.

— Alto! — disse o da pelagem acinzentada, firme. — Identifiquem-se.

Grumak ergueu as mãos levemente, em sinal de paz.

— Meu nome é Grumak. Esta é Malias. Somos viajantes. Viemos de Farir. Só buscamos descanso.

O coelho branco entreabriu os olhos, desconfiado.

— Viajantes de Farir... não é comum por aqui.

— Não temos más intenções. — Malias falou, calma, mas firme. — Apenas abrigo.

Os dois soldados trocaram olhares antes de chamarem por alguém. Um momento depois, surgiu um coelho semi-humano com manto azul escuro e um cristal verde-claro entre as mãos.

— Venlar, assistente da guilda local — apresentou-se com polidez. — Este é o Cristal de Identificação. Confirma a natureza e intenção de quem entra na vila.

Ele ergueu o cristal. Uma luz verde os envolveu suavemente, sem resistência. O cristal brilhou com intensidade estável — puro e confiável.

— Estão limpos. A Vila Asterin os recebe — declarou Venlar. — A estalagem fica ao lado da guilda. Podem seguir.

Grumak agradeceu com um leve aceno e Malias curvou a cabeça com educação. Caminharam pelas ruas de pedra polida, banhadas por uma luz dourada vinda das janelas. Havia calma ali. Uma calma que incomodava — como se o mundo tivesse esquecido, por um instante, de ser cruel.

Logo encontraram a estalagem: uma construção baixa, com varandas decoradas com flores pendentes e uma lanterna balançando na entrada. O letreiro dizia “Refúgio do Vento” — e o nome parecia prometer aquilo que os dois mais precisavam.

Um senhor de pelagem curta e cinza, orelhas moles e olhos astutos os recebeu com um sorriso cansado mas genuíno.

— Sejam bem-vindos, viajantes. Me chamo Balbito, sou o dono deste cantinho. Dois quartos, imagino?

— Sim — respondeu Grumak. — Por favor.

Balbito estendeu a mão, simpático.

— Duas pratas pelos dois quartos. Preço honesto. Cama limpa, sopa quente.

Grumak enfiou a mão na lateral do cinto, onde normalmente mantinha a pequena bolsa de couro... mas só encontrou vazio. Sua expressão endureceu por um segundo. Vasculhou a outra lateral, conferiu a mochila. Nada.

— Eu... — pigarreou, um pouco sem graça — perdi minha bolsa de moedas durante a viagem.

Balbito ergueu uma sobrancelha, mas não pareceu surpreso.

— Hmm... São aventureiros?

— Sim — respondeu Grumak, sério. — Temporariamente fora de serviço, mas sim.

O velho coelho coçou o queixo, pensativo, e então sorriu de lado.

— Bem... talvez o destino tenha trazido vocês até mim. Tenho um pedido pendente na guilda. Um trabalho que ninguém daqui quis aceitar nos últimos meses. Se fizerem isso por mim amanhã, a noite de hoje é por minha conta.

Grumak olhou para Malias. Ela assentiu, e ele respondeu:

— Fechado.

— Ótimo! — disse Balbito, animado. — Um favor por outro. Gosto de gente que honra palavra.

Ele pegou duas chaves de madeira penduradas atrás do balcão e apontou para a escada de madeira à esquerda.

— Segundo andar. Os quartos dão vista para o pomar. Em breve, trago a comida.

Grumak e Malias subiram. Os quartos eram modestos, mas aconchegantes. Camas arrumadas com cobertores de lã, janelas amplas que deixavam entrar o cheiro fresco da vila, e móveis de madeira antiga que rangiam com dignidade.

Algum tempo depois, uma jovem coelha semi-humana bateu à porta. Trazia uma bandeja com sopa quente, pão rústico e carne assada com ervas.

— Cortesia de Balbito — disse ela, sorrindo.

Grumak agradeceu. Sentou-se à beira da cama e comeu em silêncio. Ao lado, Malias fazia o mesmo.

Nenhuma palavra foi dita.

Mas ali, naquele instante, ambos sentiram algo que não sentiam há dias: segurança. Mesmo que breve. Mesmo que ilusória.

E ainda assim, sabiam que o descanso era apenas a pausa antes da próxima tempestade.

As sombras... ainda estavam no rastro deles.

Ainda não haviam terminado.


Obrigado por ter lido até aqui.

Cada visualização, cada comentário, cada segundo que você dedica a essa história… significa o mundo pra mim.

Avalon é um mundo vasto, cheio de mistérios — e sua presença aqui o torna ainda mais vivo.

Se gostou do capítulo, não esqueça de deixar seu apoio.

E se algo te tocou, te fez rir, pensar ou chorar… me conta. Vou adorar saber.

A jornada continua, e você faz parte dela.

Até o próximo capítulo —

Com gratidão, e muita Fantasia.


SpiderBH


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