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Capítulo 5 – Despedidas

Seja bem-vindo(a) ao mundo de Avalon.

Aqui, memórias esquecidas têm voz, monstros carregam sentimentos, e até a magia tem segredos que preferia esconder.

Esta não é só uma história de Fantasia, reinos e heróis improváveis — é uma jornada sobre quem somos quando o mundo nos vira do avesso.

Se você chegou até aqui… prepare-se.

Respire fundo.

Deixe o mundo lá fora por um instante.

A porta se abriu.

A aventura vai começar.


A noite silenciosa, com estrelas visíveis no céu. Na guilda, após o jantar, Grumak acordado, sentado observando Shiro e Helster dormindo tranquilos.

O coração pesado.

A ideia de ficar longe do filho o atormentava. Desde que sua mãe morreu, ele não o deixava. Mas neste mundo, tão diferente, ele precisaria.

“Será que é a decisão certa? Prometi nunca o desamparar..., mas talvez, pela primeira vez, eu esteja sendo o pai que ele precisa — e não o pai que eu quero.”

A reflexão foi interrompida por passos firmes. Era Farlan, vindo do corredor. Ao ver Grumak em seus pensamentos, se aproximou sem dizer palavra, parando ao seu lado.

— Vejo que está relutante em deixá-los.

Grumak suspirou.

— Desde que a mãe de Shiro se foi, eu sempre estive por perto. Agora... estou enviando-o para longe, em um mundo que nao conhecemos.

Farlan pousou a mão sobre seu ombro.

— O peso de ser pai é grande, Grumak..., mas o de ser um herói é ainda maior.

Essa separação vai ensiná-lo muito. Você não está falhando — está mostrando o caminho.

Grumak assentiu em silêncio. Suas mãos cerraram-se por um instante, antes de se abrirem com um novo alívio. O destino de todos exigiria coragem, sacrifício... e fé.

O Amanhecer da Separação

O sol nascia tingindo o céu de laranja e dourado, quando Lakin entrou com sua habitual firmeza no quarto onde Shiro e Helster dormiam.

— Levantem-se. Hoje começa o verdadeiro teste de vocês. Vamos ver se conseguem acompanhar o lendário Alvim.

Helster meio sonolento — até ouvir o nome.

— Alvim?! O urso comedor de frutas?!

Lakin riu levemente.

— Ele mesmo. Mas cuidado, Helster. Ele pode amar frutas, mas em combate... é selvagem.

Shiro saltou da cama, numa empolgação.

— Então esse é o treinamento que o Farlan mencionou?

— Exatamente. Alvim é uma em Terralume. Se alguém pode ensinar vocês é ele.

Já preparados para partir, com mochilas nas costas e roupas reforçadas para viagem, Shiro se aproximou do pai.

O momento que Grumak temia havia chegado.

— Filho... sei que não estamos acostumados a ficar separados.

Eu me preocupo..., mas você é forte. e vai superar qualquer desafio.

Shiro sorriu, tentando esconder a emoção.

— Pai, eu aprendi com o melhor. Prometo que vou voltar mais forte... para lutar ao seu lado.

Grumak com a mão sobre seu ombro, e um brilho nos olhos.

— Ser forte não é só erguer a espada.

É saber quando recuar, quando guardar, quando acreditar.

É manter o coração claro… mesmo sob as sombras.

Helster se aproximando, sorrindo.

— Ei, Grumak, prometo cuidar dele. Vamos voltar — e você vai se orgulhar de nós.

Grumak deu um abraço forte neles.

— Conto com vocês. Protejam-se... e cuidem um do outro.

Farlan e Lakin chegaram logo depois. Ela trazia uma pequena bolsa com provisões e pergaminhos de orientação.

— Alvim os encontrará ao sul, na vila perdida.

Respeitem-no, aprendam com ele... e mostrem que merecem ser chamados de heróis.

Shiro e Helster assentiram com expressão determinada. Eles lançaram um último olhar para Grumak, que tentou não mostrar o quanto seu coração apertava.

— Vamos, torresmo. Aventuras nos espera! — brincou Shiro.

— Tô com fome já... espero que o urso tenha frutas.

Grumak sorriu, vendo os dois partirem pela trilha da estrada. E ficou ali, observando até sumirem entre as árvores, com o guia que Lakin mandou.

Uma lágrima silenciosa escorreu pelo rosto.

Mas junto com ela, veio um orgulho sereno.

“Vão, meus filhos. Se tornem os heróis que Avalon precisa — e os homens que eu sempre soube que poderiam ser.”

A estrada era rodeada por árvores, suas copas extensas que pareciam tocar o céu. A brisa balançava suavemente os galhos, e os raios de sol filtravam-se pelas folhas, criando reflexos dançantes no caminho.

Shiro e Helster caminhavam lado a lado, empolgados com a ideia de serem heróis.

— E aí, Hel, o que você acha que esse tal de Alvim vai nos ensinar primeiro? — perguntou Shiro, rindo.

— Talvez alguma técnica secreta de combate? Ou um suco que deixa invencível? — respondeu Helster, com um sorriso. — Só espero que ele não seja lento!

Os dois riram, mas a leveza da conversa foi interrompida quando viram o guia de Lakin andando um pouco à frente… falando para o nada.

Shiro e Helster se olharam.

Ele falava em voz baixa, conversando com alguém invisível. Seu tom não era de loucura, era de respeito.

— …Sim, estamos a caminho. Vou protegê-los, pode confiar… — dizia ele, olhando para um ponto fixo.

Shiro se aproximou discretamente, falando baixo para Helster:

— Você viu isso? Ele tá falando com alguém ali.

— Vai ver ele tem um amigo imaginário. Ou… sei lá… espírito!

Antes que pudessem especular mais, o homem parou e virou calmamente para eles, como se tivesse ouvido tudo.

— Estão curiosos.

Shiro pigarreou, tentando manter a compostura.

— Bom… é que... parecia que você tava conversando com alguém.

O Guia deu uma breve risada, suave e enigmática.

— Estava sim. Com um amigo. Uma criatura antiga… e sábia. Me acompanha desde que quase perdi minha vida. Apenas aqueles que já passaram pela morte conseguem vê-lo.

Helster arregalou os olhos.

— Então… tipo um monstro de estimação invisível?

— De certo modo. Ele não é um monstro. É um guardião.

Algo entre espírito e animal… uma presença. Quando fui mortalmente ferido, ele apareceu diante de mim e ofereceu um pacto. Desde então, está comigo.

Shiro em silêncio por um momento, absorvendo a história. Havia algo real naquilo. Algo que ressoava.

— Ele está aqui agora? Com a gente?

— Sim. — respondeu, olhando para o lado. — E ele vê além do que podem imaginar. O tempo, para ele, é como uma linha que pode ser dobrada.

É por isso que sei que vocês estarão seguros comigo.

Ele fez uma breve pausa. O tom de sua voz, então, mudou.

— Mas... ele me alertou que essa jornada será mais do que esperam.

Mesmo o mestre Alvim guarda surpresas que nem ele entende.

Helster sentindo calafrio. Até então, tudo havia sido empolgação. Mas agora… havia um peso diferente.

Shiro, por outro lado, sentiu o coração acelerar — não medo, mas de animação. Algo grande os esperava… e ele estava pronto para encarar.

A floresta viva com o som de pássaros e o sussurro das folhas, mergulhou em um silêncio. O ar ficou mais denso, e até a brisa cessou como se a própria natureza prendesse a respiração.

Shiro e Helster estavam com os músculos tensos, os olhos fixos na escuridão entre as árvores. O guia de manteve-se parado, como uma estátua. Ele parecia escutar algo que eles nao conseguiam.

— Está vindo... — murmurou, de olhos arregalados. — E não é algo que possamos enfrentar.

Um estalo violento da esquerda, e da direita, de todos os lados — ou pior, de dentro da floresta. O vulto entre as árvores tornava-se mais visível: alto como uma casa, envolto por uma névoa escura que parecia corroer tudo ao seu redor.

— Shiro... — disse Helster, com a voz mais baixa do que nunca. — Essa coisa... não é natural.

— Eu sei. — respondeu Shiro, firme, embora o medo apertasse seu peito. — Mas não vamos recuar.

A criatura revelando parte de sua forma: uma mistura grotesca de varia bestas e sombras. Não possuía olhos visíveis, e uma presença esmagadora. Os galhos próximos murchavam com sua simples aproximação, como se sua existência drenasse vida.

O guia deu um passo à frente, posicionando-se entre eles e a ameaça.

— Ouçam com atenção. Isso é um fragmento de escuridão. Não podemos derrotá-lo. Só podemos sobreviver. Fiquem atrás de mim. Não lutem, apenas fujam ao meu sinal.

— Mas e você?! — protestou Shiro.

— Confie. Ele está comigo. E nós vamos segurar essa coisa o tempo suficiente para que vocês fujam.

Ele fechou os olhos e murmurou palavras em uma língua estranha. Um brilho tênue envolveu seu corpo, e por um instante, a imagem de um lobo gigante espiritual surgiu ao seu lado — uma criatura de luz, com olhos prateados e garras translúcidas.

— Guardião... proteja-os.

O lobo correu em direção à sombra, soltando um uivo que reverberou por toda a floresta. A criatura das trevas respondeu com um rugido grave, e o impacto entre luz e escuridão sacudiu o solo, fazendo os galhos caírem e o vento retornar com força.

— VÃO! AGORA! — gritou o guia.

Shiro hesitou por um segundo, mas Helster o puxou pelo braço.

— Vamos! Ele confiou em nós. Não podemos desperdiçar isso!

Os dois correram pela trilha, galhos arranhando os braços, pedras escorregadias dificultando os passos. Atrás deles, o som do embate entre forças colossais reverberava — como trovões em pleno dia.

Após vários minutos de corrida desesperada, eles finalmente saíram da zona densa da floresta e chegaram a uma clareira. ofegantes e com arranhões, pararam e se viraram.

A floresta atrás deles agora estava envolta em uma névoa estranha. Silêncio total.

— Você acha... que ele está bem? — perguntou Shiro, ainda ofegante.

— Eu não sei..., mas se aquele guardião era real, então talvez ele esteja vivo. — Helster respondeu, tentando se convencer.

Eles se sentaram no chão por um momento, apenas para respirar. Mas Shiro não conseguia relaxar. Havia algo na criatura… algo familiar.

“Essa escuridão… ela não quer nos matar. Ela quer algo mais…”

Enquanto Shiro e Helster avançavam em direção a vila perdida, Grumak e Malias se preparavam para seguir um caminho oposto.

Grumak ajustou os cintos da mochila e conferiu os pergaminhos guardados junto ao peito. Ao seu lado, Malias mantinha-se firme e serena, sua expressão inabalável mesmo diante da incerteza.

Farlan se aproximou com passos lentos e colocou uma mão firme no ombro de Grumak.

— Você escolheu uma rota difícil, Grumak.

A estrada até Eldoria é tranquila..., mas depois disso, estarão sozinhos.

Terras dos humanos e hostil não perdoam semi-humanos.

Grumak assentiu, sua voz firme.

— Já enfrentamos muitos perigos, e enfrentaremos outros. Estamos preparados.

Farlan desviou o olhar por um instante para Malias, que observava o horizonte com olhos decididos.

— Não subestimo vocês. Só peço que se lembrem: além de Eldoria, não há mais proteção. Algumas vilas… — ele hesitou — não será amigáveis com vocês.

— Não buscamos aceitação. — respondeu Malias, sem desviar os olhos.

Buscamos respostas. E estamos atras delas.

Lakin sorrindo, cruzando os braços.

— É por isso que você é perfeita para essa missão, Malias. E você, Grumak... — ela apontou com o queixo — carrega mais do que sua própria jornada.

Você tem uma conexão com Avalon que ainda não entende. Siga seu instinto. Ele o trouxe até aqui, e vai levá-lo longe.

Grumak retribuiu com um leve sorriso, mas sua expressão logo se fechou. A imagem de Shiro ainda ocupava sua mente. A incerteza o corroía por dentro.

— Eles são fortes. — disse Lakin, adivinhando seus pensamentos.

— Shiro e Helster vão surpreender até você. Confie.

— É difícil. — Grumak murmurou.

— Nunca fiquei longe dele por tanto tempo..., mas sei que essa jornada também é dele.

Farlan deu um passo à frente, sua voz agora carregada.

— Ouça bem, Grumak. Se cruzar com Greg... evite o confronto.

Ele é agora o campeão mais forte do reino humano. E você... ainda não está pronto.

Grumak sustentou o olhar do líder da guilda. Sua resposta cheia de convicção:

— Se ele ameaçar Shiro, Helster ou Malias... não recuarei.

Mesmo que isso me custe a vida.

— E eu respeito isso. — Farlan respondeu.

— Mas lembre-se... força verdadeira está, às vezes, em saber quando recuar. Greg não é mais humano. As trevas nele... cresceram.

Por fim, trocaram um último aceno silencioso.

Após se despedirem de Farlan e Lakin, Grumak e Malias caminharam pela trilha de terra que cortava a floresta espessa. O mundo ao redor parecia se afastar a cada passo, mergulhando-os em um silêncio sagrado, quebrado apenas pelo farfalhar das folhas e o eco suave de seus passos sobre o solo úmido.

Embora a estrada estivesse tranquila, a atmosfera era pesada, como se sombras antigas os observassem.

Grumak, atento tanto ao caminho quanto à expressão da companheira, decidiu quebrar o silêncio que os acompanhava desde que deixaram Farir.

— Malias… você já passou por tanta coisa antes de nos encontrarmos.

Acha que consegue lembrar de algo mais?

Sobre onde estava… como foi parar lá?

Seus olhos estavam fixos no horizonte, como se buscassem respostas. Quando falou, sua voz saiu baixa, quase um eco.

Malias respirou fundo. Por um instante, suas mãos tremeram.

— Um ser encapuzado me chamava de Malias.

Nunca vi seu rosto, mas ele aparecia… deixava água e comida, sempre em silêncio, nunca me tocou, mas estava sempre ali.

Era como um carcereiro silencioso.

Às vezes eu o sentia me observando. Outras, desaparecia por dias.

Mas sempre voltava.

Grumak franziu o cenho, a inquietação crescendo em seu peito.

— Ele te vigiava… então alguém te colocou lá com um propósito.

— É o que penso também.

Após um tempo caminhando em silêncio, ela parou. Seus olhos agora estavam fixos em Grumak.

— Mas teve outra coisa. Uma... janela mágica.

Ela surgia de vez em quando. E, por essa janela, eu via você.

Grumak se virou, surpreso.

— Me via...? Como assim?

— Eu não sei como, nem por que.

A janela simplesmente aparecia, flutuando no ar.

E através dela, eu via você vivendo sua vida.

Via você…sempre a noite, em vários locais diferente.

E eu sentia que precisava te chamar.

Ela desviou o olhar, envergonhada por suas palavras.

— Eu não sabia quem você era. Mas toda vez que a janela aparecia, eu gritava por ajuda.

Sempre na esperança… de que você me ouvisse.

Grumak em silêncio. Uma lembrança atravessou sua mente — noites estranhas em que sentia um arrepio, uma presença o observasse.

— Eu... às vezes sentia algo. Como se uma voz distante me chamasse.

Nunca entendi.

Mas talvez fosse você.

Malias sorriu levemente.

— Nunca pensei que alguém realmente estivesse ouvindo.

Eles trocaram um olhar intenso. Era como se algo invisível os ligasse, algo construído além do tempo e do espaço.

— Agora estou aqui — disse Grumak, firme.

— E juro que, enquanto estiver ao seu lado, ninguém vai te prender de novo.

Seja lá quem fez isso com você… vamos descobrir.

Ela com um brilho nos olhos. Pela primeira vez desde que se encontraram, Malias parecia mais leve, mais viva.

Enquanto continuavam pela trilha, o céu se tingia de dourado e violeta. A floresta, antes escura, agora parecia respirar com mais suavidade.

Mas uma sensação de estarem sendo vigiados.

Grumak manteve-se, atento a cada som, a cada sombra dançante entre as árvores.

Seguiram em frente...


Obrigado por ter lido até aqui.

Cada visualização, cada comentário, cada segundo que você dedica a essa história… significa o mundo pra mim.

Avalon é um mundo vasto, cheio de mistérios — e sua presença aqui o torna ainda mais vivo.

Se gostou do capítulo, não esqueça de deixar seu apoio.

E se algo te tocou, te fez rir, pensar ou chorar… me conta. Vou adorar saber.

A jornada continua, e você faz parte dela.

Até o próximo capítulo —

Com gratidão, e muita Fantasia.


SpiderBH


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