Capítulo 115
"O que posso fazer por si?"
Ryosaku baixou o vidro da porta e respondeu com uma expressão cansada, como se ainda estivesse bêbado, e a funcionária falou com ele gentilmente.
"Ryosaku... Takada-san, certo? És da Cidade Y, Câmara Municipal T. Nascido a 26 de outubro de 1970, tens 21 anos. Vives com os teus pais e contigo próprio, certo?"
"O quê!? Como é que sabias isso!?"
"Explico depois. Enfim, Ryosaku-san, fico feliz. Hoje foi um dia em que nós, funcionários da cidade, tivemos de trabalhar num feriado. A partir da próxima semana, há um evento na cidade... e tivemos de nos preparar para ele e tratar da receção dos cidadãos, por isso, hoje, todos os responsáveis pelo festival estavam a trabalhar."
"O quê... um feriado? Que dia da semana era hoje...?"
"É sábado, Ryosaku-san. A 'Faculdade Agrícola' que frequentas não está fechada...?" Então veio de carro, certo?"
(É verdade... Hoje, pensando bem, era sábado. E era o meu aniversário, não era? Tinha-me esquecido completamente disso, porque estava tão preocupada com a Mieko-chan.)
"Tiveste sorte. Se não fosse esta semana, o escritório do governo estaria fechado. Conduziste até aqui, e teria acabado por ser uma "greve" completa. Já agora, Ryosaku-san. Estou de folga agora, por isso vou voltar para casa. Se não te importas, queres vir a minha casa e conversar?"
E assim, Ryosaku seguiu o carro da "funcionária misteriosa" que tinha aparecido de repente e, sentindo-se um tanto "idiota", seguiu as suas ordens e foi para casa dela.




